Projectos Proconvergência

Ao abrigo do IV QCA, o INOVA desenvolveu um conjunto de projectos que, dado o seu interesse público e relevância no contexto regional, foram financiados pelo Programa Operacional dos Açores para a Convergência (PROCONVERGÊNCIA) e pelo Governo dos Açores:

Termalismo, Lamas Termais e Águas Engarrafadas dos Açores: Tipificação, Aplicações Industriais e Indicações Terapêuticas

Refª/Código: RAAFDR-01-0482-FEDER-000002
Financiamento: Programa PROCONVERGÊNCIA – EU/FEDER e Secretaria Regional da Economia
Período: Jan.2009 a Dez.2013
Resp. Técnico-Científico: Prof. Doutor João Carlos Nunes
Consultores: Prof. Doutor José Martins Carvalho e Prof. Doutor Luís Cardoso Oliveira
Descrição:
A Região Autónoma dos Açores, dada a sua natureza vulcânica, possui recursos hidrogeológicos de valor inegável e que poderão potenciar investimentos no sector das águas minerais naturais, designadamente o seu aproveitamento balnear e/ou termal. Por outro lado, o actual modelo de desenvolvimento turístico dos Açores inclui o termalismo e o turismo de saúde e bem-estar como produtos estratégicos para o desenvolvimento económico da RAA, sobretudo na perspectiva da valorização dos recursos endógenos da Região e o seu aproveitamento, como produtos diferenciadores, para fins turísticos, de balneoterapia e talassoterapia, entre outros.
Neste contexto, o Projecto TERMAZ tem como objectivo estratégico global o desenvolvimento sustentado dos recursos termais, hidrominerais e geotérmicos da RAA, de forma concertada e em cascata térmica, em estreita ligação com a sustentabilidade do recurso hidrogeológico, a obtenção de produtos inovadores que potenciam mais-valias para os utilizadores e, ainda, a preservação ambiental.
Com este projecto pretende-se dar seguimento a diversos estudos e trabalhos realizados no domínio do aproveitamento e valorização dos recursos endógenos dos Açores, entre os quais assume papel de relevo os recursos termais e geotérmicos, objecto de investimentos e atenção especial por parte de entidades públicas e privadas. Neste contexto, e uma vez resolvidas ou equacionadas as questões mais prementes relacionadas com a captação de águas termais e a qualificação dos recursos, perspectiva-se agora levar a cabo, sobretudo, diversos estudos e ensaios experimentais que permitam a identificação de aplicações industriais que potenciem estes recursos geológicos e a avaliação das suas mais-valias terapêuticas. De entre estes estudos destaca-se o desenvolvimento de dermo-cosméticos com fins medicinais a partir de lamas termais dos Açores, na perspectiva do desenvolvimento de produtos locais, genuínos e diferenciadores, que vêm assumindo uma importância acrescida em mercados turísticos que potenciam o turismo termal, de lazer e bem-estar.
Os trabalhos a realizar serão especialmente dirigidos para os pólos termais já caracterizados (e.g. Ferraria, Carapacho e Varadouro), bem como para áreas de elevado potencial termal, como são os casos das Furnas, Caldeiras da Ribeira Grande e Caldeira Velha, na ilha de S. Miguel, e do Posto Santo, na ilha Terceira. Neste âmbito, será dado especial ênfase à tipificação das lamas termais existentes nos Açores, mormente das Caldeiras da Ribeira Grande e das Furnas (ilha de S. Miguel), da Furna do Enxofre (ilha Graciosa) e, ainda, as lamas produzidas nos efluentes do Campo Geotérmico da Ribeira Grande (SOGEO), na perspectiva da valorização e obtenção de um valor acrescentado para estes sub-produtos da produção de electricidade a partir da geotermia.
Para o efeito, e além da caracterização textural, química, mineralógica e reológica das lamas termais, será feita a sua caracterização enquanto pelóides e serão analisadas as suas indicações terapêuticas e farmacológicas, visando a sua potencial utilização nos SPA´s dos pólos termais em apreço e em eventuais aplicações em produtos de dermo-cosmética que contribuam para a valorização dos balneários termais em construção ou projectados nos Açores.
No domínio das águas engarrafadas, será dado realce ao estudo de águas gasocarbónicas (regionalmente conhecidas por “águas azedas”) como as de Lombadas, Ladeira da Velha e Moinhos (no vulcão do Fogo) e Serra do Trigo, Água Prata, Água Férrea, Água Azeda e outras (no vulcão das Furnas) que, pela especificidade das suas características físico-químicas, poderão possuir propriedades terapêuticas (a avaliar por estudo médico-hidrológico) e possam apresentar um potencial industrial.

 

Refª/Código: RAAFDR-01-0280-FEDER-000040

Financiamento: Programa PROCONVERGÊNCIA – EU/FEDER e Secretaria Regional da Economia
Período: Jul.2010 a Mar.2014
Resp. Técnico-Científico: Prof. Doutor João Carlos Nunes
Consultores: Prof. Doutor Pedro Saraiva
Descrição:
Os trabalhos desenvolvidos no âmbito do Projecto “Estratégia para a Qualidade na Região Autónoma dos Açores”, financiado pelo Programa PRODESA e a Secretaria Regional da Economia, estabeleceram um plano de acções visando operacionalizar a respectiva implementação na RAA. A definição daquele Plano de Acções, alinhado com a visão, posicionamento e objectivos estratégicos então identificados, decorreu de uma lógica de consolidação, centrada em torno dos objectivos estratégicos, factores críticos de sucesso, boas práticas nacionais e internacionais e acções identificadas previamente no âmbito de cada eixo em análise (cidadania, serviço público e empresas) e do trabalho desenvolvido em cada uma das ilhas dos Açores.
Do conjunto de 26 propostas de acção identificadas e da hierarquização de prioridades na sua implementação resultou uma selecção de acções estratégicas importantes, de que se destacam i) a criação de um Sistema de Incentivos à Qualidade e Inovação, ii) a definição e Construção do Sistema Regional da Qualidade (SRQ), iii) a Segurança Alimentar na RAA, iv) a criação de um Barómetro Regional da Qualidade e v) campanhas de Sensibilização para a Qualidade.
Tendo já sido implementadas, ou estando em curso, algumas destas acções, como é o caso da criação de um Sistema de Incentivos à Qualidade e a implementação de programas visando a segurança alimentar na Região, como são os Programas SEPROQUAL e QUALIMAÇORES, o projecto “Qualidade em Acção” visa dar continuidade a estes trabalhos, implementando acções que se consideram prioritárias e estruturantes no edifício da Qualidade na RAA.
Assim, os objectivos estratégicos a concretizar no decurso deste projecto incluem:
  • A definição e construção das bases do Sistema Regional da Qualidade (SRQ), o qual assegure o enquadramento institucional da Qualidade na Região Autónoma dos Açores, devidamente alinhado com o Sistema Português da Qualidade e, consequentemente, com as orientações da União Europeia; este sistema, intervindo em todos os sectores e considerando a Qualidade como vector estratégico da sociedade açoriana, inclui a criação e operacionalização do Conselho Regional da Qualidade, órgão consultivo que permitirá assegurar as adequadas condições de funcionamento do SRQ;
  • A criação do Barómetro Regional da Qualidade, de modo a avaliar o desempenho das acções implementadas e, principalmente, a evolução dos valores obtidos para os diferentes indicadores (de desempenho e de percepção) considerados;
  • A construção do sítio internet “Qualidade nos Açores”, a integrar o Portal do Governo dos Açores, que constituirá um directório da qualidade na Região (…“quem é quem na qualidade”).

 

Investigação, Desenvolvimento e Aplicação de Tecnologias e Práticas Promotoras da Competitividade e Qualidade da Produção

Refª/Código: RAAFDR-01-0482-FEDER-000003

Financiamento: Programa PROCONVERGÊNCIA – EU/FEDER e Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos
Período: Set.2009 a Dez.2014
Resp. Técnico-Científico: Prof. Doutor Duarte Ponte
Consultores: Prof. Doutor Carlos Arruda
Descrição:
O Ananás dos Açores/São Miguel (AA), fruto classificado de DOP - denominação de origem protegida - pelo Regulamento CE nº1107/96 de 12 de Junho, corresponde à espécie Ananas comosus Merril, variedade Smooth Cayenne.
A necessidade de se encontrar um substituto para a laranja, afectada pela gomose, na segunda metade do século XIX foi, provavelmente, o principal motivo para que a partir de 1864 se começassem a realizar experiências, em São Miguel, no sentido de adaptar a cultura do ananás que se fazia no Brasil ao ar livre ao clima dos Açores. Na década de setenta do século XIX havia já cerca de quatro dezenas de produtores em São Miguel que produziam ananás em estufas de vidro.
Tratando-se de uma cultura que apreciava camas quentes e um solo rico em matéria orgânica, a camada superficial dos incultos, designada por leiva, conjuntamente com a ramada de incenso passou a ser o substrato mais utilizado. A proibição da apanha de leiva, a dificuldade de se obter a ramada de incenso e o custo crescente da mão-de-obra, levaram a alterações sucessivas do uso dos substratos com consequências na qualidade do fruto produzido.
No âmbito deste projecto, o INOVA, em associação com o Instituto Superior de Agronomia, com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Departamento de Biologia Vegetal), com a Universidade dos Açores (Departamento de Ciências Tecnológicas e Desenvolvimento), e com a Cooperativa PROFRUTOS, desenvolve os seguintes estudos:
  1. Utilização de diversos substratos orgânicos verdes, provenientes de cortes de árvores, de ramadas e da jardinagem após compostagem e vermicompostagem, como substitutos de alguns substratos utilizados nas camas das estufas. O modo de produção biológica exclui a aplicação de fertilizantes inorgânicos e de fitofármacos. A produção do Ananás dos Açores, enquanto Modo de Produção Biológico (MPB), só é (e foi) possível recorrendo a substratos ricos em compostos orgânicos humificados, como era a leiva - cuja extracção está proibida por lei - utilizada na composição das camas que compunham o substrato da cultura. Os compostos orgânicos resultantes dos processos da compostagem e da vermicompostagem de resíduos exclusivamente de origem vegetal apresentam uma composição que se aproxima da leiva, podendo substitui-la, pelo que o INOVA, em parceria com o ISA, determinará a adequação desses compostos orgânicos à cultura do ananaseiro. A caracterização física, química e biológica dos substratos orgânicos e terrosos e da solução do solo, ao longo do ciclo produtivo, e suas relações com a biodisponibilidade em nutrientes e o estado nutricional e fase vegetativa da planta são fundamentais para a definição das exigências em nutrientes do ananás e da sua relação com a qualidade e posterior formulação de normas técnicas a recomendar aos produtores. Esta questão está ainda directamente relacionada com a gestão da água de rega, factor decisivo para a optimização e parametrização dos demais factores bióticos e abióticos relacionados com a produtividade e qualidade da cultura do AA.
  2. Estudo da fisiologia da planta, com o intuito de um conhecimento mais profundo sobre o efeito da temperatura e da irradiação na qualidade do fruto. Dada a variação sazonal da qualidade do ananás, que é mais doce e menos ácido no Verão do que no Inverno, é necessário conhecer as condições de cultura responsáveis por essa variação anual, em busca de pontos-chave sobre os quais uma intervenção seja possível, no sentido de melhorar a cultura e o produto. O ananás é uma planta que alterna entre os mecanismos fisiológicos C3 e CAM, cuja alternância e extensão define o equilíbrio entre a acumulação de açúcares e ácidos, que afecta a qualidade do fruto resultante. O metabolismo CAM é regulado por condições edafoclimáticas stressantes de natureza hídrica, nutricional, térmica, luminosa e salina, pelo que se propõe gerir, através de técnicas culturais, a intensidade e os momentos de indução dos stresses hídrico, nutricional, térmico, luminoso e salino, de modo a melhorar a qualidade do fruto. Na cultura tradicional do ananás a floração é induzida pela fumigação. Supõe-se que o tamanho do fruto está dependente da luminosidade existente na altura da floração e da imposição de stress hídrico nas últimas semanas de maturação, pelo que é fundamental monitorizar as condições climáticas e conhecer as respostas fisiológicas da planta ao longo do seu desenvolvimento, especialmente no que diz respeito às etapas de floração e frutificação.
  3. Multiplicação de plântulas por micropropagação, com o objectivo de padronizar a qualidade das plantas, encurtar o ciclo de produção e ajustar mais rapidamente as necessidades de oferta de plantas à procura. O ciclo actual de produção do AA é excessivamente longo (22 a 29 meses), 12 a 15 dos quais decorrendo na estufa definitiva e os restantes na preparação e desenvolvimento do novo plantio. Assim, pretende-se implementar a multiplicação de plântulas por micropropagação, o que permitirá padronizar a qualidade das plantas, encurtar o ciclo de produção e ajustar mais rapidamente as necessidades de oferta de plantas à procura, por permitir rápida e facilmente o upscaling da produção.
  4. Melhorar a qualidade da apresentação do fruto e garantir as suas propriedades organolépticas. Serão desenvolvidos indicadores físico-químicos (i.e. Brix, açúcares totais, açúcares redutores, acidez total, acidez volátil, pH e vitaminas C, B1 e B2) e sensoriais, no sentido de determinar o efeito das diversas práticas culturais na qualidade do produto final. Pretende-se, também, estabelecer o perfil cromatográfico característico dos diversos compostos voláteis responsáveis pelo aroma do ananás produzido nos Açores.
  5. Estudar as potencialidades do aproveitamento do excesso de produção em relação à procura que se verifica em determinados períodos do ano. O INOVA, em parceria com os associados do projecto, irá estudar a produção de um conjunto de subprodutos do ananás - sumos, compotas, fresh-cut e produtos dietéticos - que possam ter viabilidade económica de forma a melhorar a rendibilidade económica desta produção.

 

Refª/Código: RAAFDR-01-0482-FEDER-000004

Financiamento: Programa PROCONVERGÊNCIA – EU/FEDER e Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, Subsecretaria Regional das Pescas e Secretaria Regional da Economia

Período: Jan.2010 a Dez.2014

Resp. Técnico-Científico: Prof. Doutor Duarte Ponte

Consultores: Doutor Carlos Santos, Doutora Leonor Nunes e Dr. Abreu Dias

Descrição:
O sector alimentar nos Açores cobre diversas actividades económicas, da agricultura e das pescas, à indústria e aos serviços. Os lacticínios, as conservas, a carne, todas as diversas indústrias ligadas à salsicharia até aos produtos de carácter mais artesanal, como sejam o chá, o vinho e os licores, as compotas, e os curtumes, são actividades que ocupam uma elevada percentagem da população activa nos Açores.
Por outro lado, dadas as condições edafoclimáticas e a forma de maneio do nosso gado, a qualidade do leite e da carne produzidas nos Açores têm atributos únicos, tanto em termos nutricionais como em termos organolépticos, que necessitam de ser melhor explicitados ao consumidor final.
Os Produtos Alimentares Tradicionais - alguns dos quais com Designação de Origem Protegida (DOP), e outros com certificações regionais de origem candidatos a Especialidade Tradicional Garantida (ETG) que enriquecem o nosso património gastronómico e a cultural necessitam, ainda, de um trabalho de investigação aplicado de forma a garantir a qualidade e a permitir uma maior uniformidade do produto.
O “Programa de Segurança Alimentar e Promoção da Qualidade” (SEPROQUAL), lançado em 2004, com o objectivo de apoiar as microempresas de restauração, comércio e indústria que empregassem até 10 trabalhadores, obteve um enorme êxito.
Durante os 6 anos de vigência deste Programa, as empresas inscritas usufruíram de um plano de trabalho que lhes permitiu implementar Sistemas de Segurança Alimentar, adequados às suas especificidades, e colocar em prática todos os pressupostos ligados à Higiene e Segurança Alimentar.
Terminado este Programa e dado que a generalidade das empresas do sector alimentar de pequena e média dimensão nos Açores não tem, ainda, capacidade, por si só, de investir em formação e em desenvolvimento tecnológico, o INOVA, em estreita colaboração com as empresas e com as entidades governamentais ligadas ao sector Agro-Alimentar, pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido na área da Higiene e da Segurança Alimentar, englobando, agora, a inovação dos produtos e dos processos, com o objectivo de adequá-los a novas funcionalidades e às tendências do mercado.
O projecto SEPROQUAL – Inovação é constituído por 4 Sub-Programas:

i) SEPROQUAL – Inovação Lacticínios:

Os queijos tradicionais dos Açores por serem manufacturados, na sua maior parte, a partir de leite cru, apresentam maior risco de contaminação, comparativamente aos outros queijos, ditos “industriais”, produzidos a partir de leite pasteurizado e em condições de maior controlo e automatização.

Alguns destes queijos tradicionais têm já o estatuto de Designação de Origem Protegida (DOP), como são o caso do Queijo São Jorge e Queijo Pico, contudo o trabalho já realizado necessita de continuidade de forma a permitir a sua evolução na cadeia de valor. A qualidade química e microbiológica do leite, os processos tecnológicos utilizados e as condições maturação são determinantes para a qualidade comercial dos queijos tradicionais.

São objectivos gerais deste projecto a caracterização dos processos tecnológicos, químicos e microbiológicos dos queijos tradicionais dos Açores, com vista à optimização das condições higiénicas de fabrico, bem como ao desenvolvimento de produtos de maior alto valor comercial.

Serão estudados o Queijo São Jorge, o Queijo tipo Ilha, o Queijo Pico e o Queijo Corvo.

ii) SEPROQUAL – Inovação Carnes

A carne dos Açores tem, tal como o leite, aspectos qualitativos específicos, nomeadamente ao nível do seu perfil de ácidos gordos e aminoácidos, resultantes do maneio do gado e da qualidade das pastagens da Região, que carecem de avaliação adequada, de forma a contribuir para a sua valorização nos mercados externos. É, pois, de enorme importância conhecer em detalhe os diversos factores que influenciam a qualidade nutricional e os atributos sensoriais da carne produzida nos Açores.

Tal como o sector de lacticínios, torna-se necessário proceder a uma melhor caracterização dos produtos cárneos tradicionais e desenvolver novas tecnologias de melhoramento dos produtos já comercializados e de criação de novos produtos.

Esta caracterização será feita em diferentes vertentes e incluindo os seguintes programas de trabalho: a) Valorização da Qualidade da Carne de Bovino dos Açores IGP; b) Qualidade da Carcaça e da Carne de Vacas Leiteiras Reformadas da Região Autónoma dos Açores; c) Caracterização e Inovação da Salsicharia Tradicional da Região Autónoma dos Açores.

iii) SEPROQUAL – Inovação Pescado

Existe uma tendência mundial para o aumento do consumo do pescado, quer por razões nutricionais e de saúde pública, quer pelo aumento da população e do seu nível de vida. Para as diversas actividades ligada ao sector piscatório é fundamental conhecer as principais tendências do mercado e ter uma noção clara das mais-valias obtidas em cada produto para poder direccionar os recursos existentes para os de maior valor acrescentado.

O presente estudo, para além de realizar um levantamento do sector de transformação e comercialização de pescado existente, visa dar apoio tecnológico e científico às empresas, nomeadamente em termos de implementação e ou de actualização dos sistemas de segurança alimentar e nas correcções ou alterações aconselháveis nos diversos processos de fabrico (operações de filetagem, de embalamento, de refrigeração, de congelação, de esterilização e de aproveitamento de resíduos). Pretende-se também dar às empresas aderentes a este projecto apoio laboratorial, nomeadamente em termos de análises químicas e microbiológicas, com vista a uma correcta rotulagem dos seus produtos de forma a promover o pescado como um alimento saudável.

Em estreita colaboração com o sector privado desenvolver-se-ão os estudos necessários à valorização comercial de espécies ainda de baixo valor comercial (i.e. veja, peixe-espada branco, chicharro, peixe-porco, cavala e tunídeos) e far-se-á pequenas experiências de mercado com vista a conhecer o grau de aceitação de alguns produtos.

O SEPROQUAL – Inovação Pescado tem como objectivo último contribuir para o avanço tecnológico e para a inovação de processos e produtos.

iv) SEPROQUAL – Inovação Artesanato

Na Região Autónoma dos Açores a produção artesanato assume um papel cada vez mais relevante, porque, por um lado, existe uma crescente procura desses bens por parte dos consumidores, muito especialmente devido ao desenvolvimento do turismo, e por outro, por ser um sector gerador de emprego, especialmente feminino.

O Manual de Procedimentos do Estatuto de Artesão e da Unidade Produtiva Artesanal define actividade artesanal como “actividade económica de reconhecido valor cultural e social, que assenta na produção, restauro ou reparação de bens de valor artístico ou utilitário, de raiz tradicional ou contemporânea, e na prestação de serviços de igual natureza, bem como na produção de bens alimentares, no equilíbrio entre a fidelidade aos processos tradicionais e a abertura à inovação”.

O SEPROQUAL – Inovação Produtos Artesanais incidirá a sua acção sobre a produção de bens alimentares, designadamente na área da doçaria regional.