A ENTA – Escola de Novas Tecnologias dos Açores e o INOVA – Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores promoveram, na manhã de ontem, uma sessão inteiramente dedicada ao tema dos microplásticos, reunindo investigadores, profissionais e parceiros institucionais para discutir os impactos desta poluição emergente e apresentar soluções tecnológicas em desenvolvimento.

A oradora principal foi Paula Sobral, investigadora do MARE e uma das mais reconhecidas especialistas nacionais no estudo do lixo marinho. Na sua intervenção, alertou para o agravamento da presença de microplásticos nos ecossistemas e para as consequências que estes representam para a biodiversidade e para a saúde humana, defendendo uma ação integrada que envolva ciência, educação e políticas públicas.

Seguiram-se as apresentações de Luís Gomes, Professor Auxiliar da Universidade dos Açores, que destacou o contributo do machine learning para a deteção e análise de microplásticos, e de Lucas Paula e David Cardoso, que demonstraram a aplicação de técnicas de deep learning na identificação automática destas partículas, evidenciando o papel crescente da inteligência artificial na monitorização ambiental.

A sessão contou também com a presença de vários parceiros institucionais, reforçando a importância da cooperação entre entidades na procura de soluções para um problema de dimensão global.

A manhã de trabalhos, que decorreu no auditório da ENTA, evidenciou a urgência de integrar conhecimento científico e inovação tecnológica no combate a este desafio ambiental.
A iniciativa reafirma o compromisso conjunto da ENTA e do INOVA em promover reflexão, investigação e ações que contribuam para a sustentabilidade e para a proteção do ambiente nos Açores.